“Em coisas essenciais, unidade; não essenciais, liberdade; em
todas as coisas amor”
Esta frase que cuja autoria ora é atribuída a Rupert
Meldenius, ora a Agostinho, encerra uma lição muito oportuna: liberdade e amor
são os pilares da verdadeira unidade. Ensina também que é possível convivermos
bem com todas as pessoas se observarmos este axioma sustentado pelo tripé:
unidade, liberdade e amor.
O escritor Brennan Manning, em seu livro “Um vislumbre de
Jesus” (Editora Palavra, Brasília – 2008, p. 33) nos lembra a valiosa
contribuição do teólogo alemão Walter Kasper: “ O amor excelso de Deus se faz
sentir na aceitação de seres humanos uns pelos outros, na extinção de
preconceitos e de barreiras sociais, em uma nova comunidade irrestrita entre os
homens, na amizade fraterna e no ato de compartilhar tristezas e alegrias”.
Observe que a unidade tem sua gênese em valores de fato inegociáveis como
aceitação mútua e extinção de preconceitos.
Nosso desafio hoje como igreja de Jesus Cristo é
vivenciarmos a unidade até mesmo com a visão da construção de um alicerce
seguro para o nosso testemunho. O Evangelho chega mesmo a estabelecer conexão
direta entre o amor que nos faz um e a visibilidade de nossa união com Jesus
Cristo: “Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus
discípulos” ( João 13:35 – NTLH ).
Lembremos, amados, no entanto, que amar não é declamar,
cantar ou discursar; amar é agir, é beneficiar, é ajudar, consolar, orar,
contribuir, aceitar, conviver.
Descruzemos, pois, os nossos braços, e trabalhemos a nossa
unidade em amor!